Os vetos do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Orçamento de 2022 atingiram verbas de pesquisa em saúde, combate a incêndios florestais, manutenção de hospitais universitários e demarcação de terras indígenas.
A Fiocruz, que desenvolveu e produz a vacina para o coronavírus e tem desempenhado papel fundamental no enfrentamento da pandemia recebeu um corte de R$ 12,7 milhões na verba de pesquisa e ensino. No Ministério de Ciência e Tecnologia, que já quase não havia recurso, foram cortados R$ 72 milhões.
Mesmo com os incêndios florestais batendo recordes desde o início de seu mandato e chamado a atenção da diplomacia e da imprensa internacional o presidente cortou, no Ibama, a verba destinada a prevenção e controle de incêndios em R$ 17,2 milhões —o equivalente a 25% da dotação inicialmente reservada, que era de R$ 67,2 milhões.
A tesourada também passou pela Educação, com um corte de R$ 802,6 milhões, dos quais R$ 499 milhões pertenciam ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Enquanto esses setores foram duramente afetados, ele decidiu blindar R$ 16,5 bilhões em emendas de relator, instrumento usado por parlamentares para irrigar seus redutos eleitorais, e manter uma reserva de R$ 1,7 bilhão para a concessão de reajustes a servidores.
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