Senadores querem apurar as ações e omissões do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso decidiu, nesta quinta-feira, que seja criada a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as políticas do governo federal para o enfrentamento da Covid-19. Pedido original da CPI foi feito em janeiro, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não havia dado prosseguimento ao tema. Senadores favoráveis à abertura entraram com ação judicial junto ao STF.
Decisão ocorre após pedido dos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determina que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), adote as medidas necessárias para a instalação de uma CPI para apurar possíveis omissões do governo federal durante o enfrentamento da Covid-19.
O ministro justificou a decisão por conta do agravamento da pandemia, onde o país bate recordes diários de mortes pela doença.
Além disso, Barroso pede que a liminar seja discutida assim que possível pelo plenário do STF.
Pacheco diz que acatará decisão mas diz que “não é o momento”
Pouco após a decisão de Barroso no Supremo, Rodrigo Pacheco disse que acatará o pedido, mas opinou que “não é o momento de uma CPI”.
“Considero que CPI de Pandemia, nesse momento, nessa quadra histórica do Brasil com a gravidade da pandemia, que nos exige união, vai ser um ponto fora da curva. E para além de um ponto fora da curva, pode ser o coroamento do insucesso nacional no combate à pandemia. E obviamente, decisão judicial se cumpre, porque tenho responsabilidade institucional e cívica”, disse na saída do Congresso.
“A CPI poderá ser sim um papel de antecipação política e eleitoral para 2022 de palanque político que, absolutamente, é inapropriado para este momento da nação”, criticou.
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